FRAGILIDADE CLÍNICA EM IDOSOS – por DRA. AMÁLIA PELCERMAN

Mara Porto

Hoje vamos falar da síndrome da fragilidade clínica em idosos.
Como esta parcela da população, pessoas acima de 65 anos, vem crescendo exponencialmente, precisamos rever parâmetros e tratamentos que possam garantir melhor qualidade de vida a esta faixa etária.

A fragilidade clínica nada mais é que um conjunto de características como fraqueza generalizada, cansaço, principalmente nas pernas, massa e força muscular diminuídas, sedentarismo, dores nas articulações e marcha lentificada, muitas vezes acompanhada por perda de peso.

Não necessariamente um idoso é considerado frágil levando-se em conta apenas o fator idade, mas sim quando apresenta o quadro acima descrito. Nestas circunstâncias se torna mais vulnerável a doenças, viroses, infecções, complicações e estresses agudos. Em pacientes críticos aumenta o risco de quedas, os períodos de hospitalização se prolongam, com isso aumentando a dependência nas tarefas cotidianas. As doenças mais associadas a essa condição são doenças crônicas como hipertensão, diabetes, cardiopatia, obesidade, doenças renais e hepáticas, tumores, depressão e falta de condicionamento físico.


Os sinais de fragilidade clínica mais frequentes são alterações no equilíbrio, sarcopenia (perda de massa muscular), osteopenia (diminuição da massa óssea), alimentação inadequada causando desnutrição e perda de peso, desidratação e obstipação intestinal (intestino preso) devido à baixa ingestão de líquidos e má nutrição, além do sedentarismo. Os exercícios são fundamentais para melhorar o prognóstico do quadro.

Existem algumas escalas validadas para avaliar a fragilidade em idosos. Uma delas é a Escala de Fragilidade de Edmonton (EFS): A EFS (elaborada por Rolfson e colaboradores em 2006 no Canadá) avalia a condição do indivíduo por meio de nove itens: cognição, estado geral de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, continência e desempenho funcional e foi adaptada para idosos no Brasil


Esta escala é avaliada por médicos e nutrólogos, pois cada item tem um peso. Também será necessária a história clínica do(a) paciente, o exame físico e exames complementares para finalmente direcionar o paciente e personalizar seu tratamento. O objetivo primordial é melhorar a qualidade de vida e inserir o paciente, independente de sua idade, ao convívio familiar e na sociedade.

Amália Pelcerman
CRM 24947
apelcerman@terra.com.br

Referências:
1.Estudo publicado em 2012 sobre fragilidade em idosos
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

2.Estudo publicado em 2015, de Mh Lenardt Fragilidade clínica
https://www.scielo.br › rlae

3.https://doi.org/10.1590/S0104-11692009000600018