Hoje vamos falar da síndrome da fragilidade clínica em idosos.
Como esta parcela da população, pessoas acima de 65 anos, vem crescendo exponencialmente, precisamos rever parâmetros e tratamentos que possam garantir melhor qualidade de vida a esta faixa etária.
A fragilidade clínica nada mais é que um conjunto de características como fraqueza generalizada, cansaço, principalmente nas pernas, massa e força muscular diminuídas, sedentarismo, dores nas articulações e marcha lentificada, muitas vezes acompanhada por perda de peso.
Não necessariamente um idoso é considerado frágil levando-se em conta apenas o fator idade, mas sim quando apresenta o quadro acima descrito. Nestas circunstâncias se torna mais vulnerável a doenças, viroses, infecções, complicações e estresses agudos. Em pacientes críticos aumenta o risco de quedas, os períodos de hospitalização se prolongam, com isso aumentando a dependência nas tarefas cotidianas. As doenças mais associadas a essa condição são doenças crônicas como hipertensão, diabetes, cardiopatia, obesidade, doenças renais e hepáticas, tumores, depressão e falta de condicionamento físico.
Os sinais de fragilidade clínica mais frequentes são alterações no equilíbrio, sarcopenia (perda de massa muscular), osteopenia (diminuição da massa óssea), alimentação inadequada causando desnutrição e perda de peso, desidratação e obstipação intestinal (intestino preso) devido à baixa ingestão de líquidos e má nutrição, além do sedentarismo. Os exercícios são fundamentais para melhorar o prognóstico do quadro.
Existem algumas escalas validadas para avaliar a fragilidade em idosos. Uma delas é a Escala de Fragilidade de Edmonton (EFS): A EFS (elaborada por Rolfson e colaboradores em 2006 no Canadá) avalia a condição do indivíduo por meio de nove itens: cognição, estado geral de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, continência e desempenho funcional e foi adaptada para idosos no Brasil
Esta escala é avaliada por médicos e nutrólogos, pois cada item tem um peso. Também será necessária a história clínica do(a) paciente, o exame físico e exames complementares para finalmente direcionar o paciente e personalizar seu tratamento. O objetivo primordial é melhorar a qualidade de vida e inserir o paciente, independente de sua idade, ao convívio familiar e na sociedade.
Amália Pelcerman
CRM 24947
apelcerman@terra.com.br
Referências:
1.Estudo publicado em 2012 sobre fragilidade em idosos
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS
2.Estudo publicado em 2015, de Mh Lenardt Fragilidade clínica
https://www.scielo.br › rlae
3.https://doi.org/10.1590/S0104-11692009000600018