No próximo dia 3 de agosto, às 15 horas, o Centro Cultural Viva Arouche, localizado no Centro de São Paulo, próximo da Praça da República, será palco de uma roda de conversa intensa, viva e necessária, que propõe um mergulho nos cruzamentos entre psicanálise, literatura e feminismos decoloniais.
Reunindo escritoras, psicanalistas e pensadoras da contemporaneidade, o encontro tem como objetivo abrir espaço para outras narrativas possíveis sobre o mundo, partindo da escuta profunda, da escrita como forma de existência e do corpo feminino em resistência.
Convidadas confirmadas:
- Mariana Vilela (@marivilelaescritora) – Escritora e jornalista
- Elizandra Souza (@elizandra_mjiba) – Escritora e jornalista
- Hilza Ferri (@hilzapsicanalista) – Psicanalista e escritora
- Denise Lira Bertoche (@deniselirapsicanalista) – Psicóloga e psicanalista


Com trajetórias marcadas por atuações no campo da saúde mental, das artes e da luta por equidade, as convidadas vão compartilhar reflexões e vivências a partir de perspectivas que desafiam o pensamento dominante e convidam o público a reconhecer outras formas de saber, sentir e existir.
A importância de discutir saberes e vivências sobre psicanálise, literatura e feminismos decoloniais está em romper silêncios históricos e construir outras formas de existir e narrar o mundo.

Durante séculos, o pensamento ocidental — masculino, branco e eurocentrado — foi considerado o centro legítimo da produção de conhecimento. Mas há outras epistemologias, outras formas de sentir, escrever, curar e pensar que nascem das margens, dos corpos racializados, das mulheres, da ancestralidade e da experiência vivida.
Veja por que esse debate é fundamental:
🔸 Psicanálise como ferramenta de escuta e reparação – Quando revisitada por olhares críticos e plurais, a psicanálise pode se tornar um instrumento potente de escuta das subjetividades silenciadas — especialmente de mulheres, negras, indígenas e LGBTQIAPN+. Ela deixa de ser apenas uma teoria sobre o sujeito e passa a ser um campo de escuta da dor social e histórica.

🔸 Literatura como escrita do mundo e do eu – A palavra escrita é também uma forma de existência. A literatura feita por mulheres, especialmente por mulheres negras e periféricas, é uma forma de reescrever a história a partir do próprio corpo, da vivência e da ancestralidade. Ela denuncia, acolhe, transforma.
🔸 Feminismos decoloniais como proposta de ruptura e reconstrução – O feminismo decolonial nos convida a desconstruir o pensamento dominante e olhar para as lutas das mulheres a partir do Sul Global, da experiência colonial, da interseccionalidade e da pluralidade de corpos, vozes e territórios. Ele não fala por todas, mas com todas.
📍 Local: Centro Cultural Viva Arouche
Endereço: Rua do Arouche, 32 – República
🗓 Data: 3 de agosto de 2025 (sábado)
🕒 Horário: 15h