Degustando os vinhos sicilianos da Di Bella
Meninas e meninos,
Degustando os vinhos sicilianos da Di Bella no restaurante Dhomus em noite chuvosa, mas com muita amizade e aprendizado. Estão chegando ao Brasil os vinhos desta vinícola siciliana, do Valle dello Jeto, província de Palermo.
Quem está importando com exclusividade é a Casa Mediterrânea . Os vinhos trazem ao paladar e ao coração de todos, o calor do sol que deslumbra as colinas do Valle dello Jato na Sicília, enquanto as uvas amadurecem: bacana a frase do site! O Valle dello Jato, na província de Palermo, é uma região com alta vocação vitivinícola conhecida desde a época romana, quando uma rica colônia Jatina cultivava vinhas e produzia vinho de qualidade.
A vinícola Di Bella nasceu em 2006 de uma forte paixão e vocação pelo mundo do vinho. Seus vinhos carregam as fortes influências do terroir da ilha, mostrando mineralidade e dulçor de frutas, ora cítricas, ora vermelhas maduras, dependendo da variedade. Os vinhedos estão plantados a cerca de 400m de altitude. Nestes locais o cultivo de uvas viníferas é muito antigo. O primeiro documento se refere que em 1258 uma comunidade de arménios obteve a concessão para cultivar trigo e vinha nos próprios terrenos onde se encontra a vinícola e, tratando-se de vinhas já plantadas, podemos imaginar que ali estivessem pelo menos 50-100 anos.
A Sicília é uma terra de perfumes profundos e intensos, ervas, flores e frutas. “Todos os nossos vinhos são caracterizados pelo Perfume, Frescor e Elegância, que é o que conta em um grande vinho”, comenta Sebastiano Di Bella, que conheci na ocasião. Sebastiano Di Bella proprietário da Vinícola Di Bella e atual presidente do Istituto Regionale Vini e Oli di Sicilia – IRVO é um profundo conhecedor do território siciliano, sempre em busca da excelência para seus vinhos. Degustei os vinhos brancos da uva Grillo da Di Bella-Valle Jato Grillo- Esperides Grillo. O Di Bella-Valle Jato Grillo me agradou bastante por seu frescor maior, frutado com pomelo e casca de laranja madura confitada.
O rosado da uva Nero D’Avola o Esperides Rosé Dello Jato.
Os tintos da uva Nero D’Avola da Di Bella Valle Jato e Esperides, e o da uva Syrah também com o rótulo Esperides. Dos tintos de Nero D’Avola gostei bastante do Esperides, mais longo em boca, bom equilíbrio, frutado bem presente, mas menos “doce”. Mas minha maior surpresa foi com o branco da uva Catarrato, o Jetas Catarrato, que ainda não está sendo comercializado. Fino, elegante, mineral, frutado cítrico de lima da Pérsia e Cidra, toques de oliva. Equilibrado, ótima acidez, longo, untuoso( passa 8 meses por barricas novas e de segundo uso francesas, mais um estágio obrigatório de ao menos 3 meses em garrafa).
O encontro se deu no ótimo Restaurante Dhomus , que apresentou um cardápio interessante com entradinhas de Galletas de atum, croquete de cordeiro com maionese cacio & pepe e tartare no brioche. Prato principal carre de cordeiro com risoto de ervas, ou Paccheri ala scarpariello e atum, ou tounedo ao poivre com batatas gratin e aspargos grelhado.
Até o próximo brinde!